as flores sempre lindas e perfumadas. Borboletas Borboletas coloridas, Borboletas que voam Mais altas que outras. Sempre voando nos ares, E fazendo a gente olhar pra elas. Borboletas são muito legais! Mesmo sendo pequenas ou grandes.
Gisela Araújo Moreira, 5º ano B vespertino, Escola Municipal Maria da Glória_ Barra do Choça, BA.
Barrachocenses redescobrem o seu município em versos de cordel
Barra do choça, cordel
História Antes da Emancipação
Euzébio Oliveira – 27/01/2012
Barra
do choça! Minha Barra
Terra do meu coração!
Sempre dito que tu é
Um lindo pedaço de chão
Tua praça me encanta
Entre sonhos e fantasias
Onde ando nas tuas ruas
Eu encontro alegria
Por isso vou te homenagear
Em versos de poesias
Para todos os leitores
Vou falar da tua história
De um povo forte e guerreiro
De um tempo coberto de glória
Comemorar teu cinquentenário
Lembrar esse aniversário
Traçado pela vitória
Cantando em versos de cordel
Registrando nesse papel
E marcado na memória
A tua história principia
No meio do sertão da ressaca
Numa época em que havia
Um povo valente de raça
Tribos de índios guerreiros
Nações sedentas de fé
Eram várias as etnias
Pataxó, Kamakan e Imboré
Quase todos dizimados
Em nome de outra fé
João Gonçalves da Costa
Desbravou essa região
Sem apresentar proposta
Marcou esse pedaço de chão
Portanto foi ele o primeiro
E não seu Pedro Botelho
Que nessa terra pisou
Estamos afirmando um fato
Registrado e pesquisado
Por quem nossa história estudou
Também nunca recebemos
A denominação de Tanque Velho
Pois pelo que sabemos
Nessa fonte em que bebemos
Água nunca nos faltou
Por isso o tropeirismo
Por aqui também passou
Caminhada mitológica
Que até hoje é lembrada
Na cavalgada ecológica
Os tropeiros pernoitavam
Em fixações chamadas ranchos
Onde ali passavam o tempo
Numa noite de descanso
Para no dia seguinte
Seguir o seu caminho
Abastecendo a região
Com carne, pão e vinho
E pra completar sua missão
Tinha também arroz, farinha e feijão
Nosso chão já pertenceu
As terras de Minas de Gerais
Em um tempo que aconteceu
Divisões proporcionais,
Em 1870 começa a divisão
Com a família Oliveira Freitas
É dividido esse chão
E fazenda Barra do Choça
Começa ter agora
O que seria uma ocupação
O primeiro morador
Que na vila chegou
Foi João Cardoso de Sá,
O primeiro farmacêutico
O Sr. Jesulino de Oliveira
Veio aqui se instalar
E como não havia médico
Em toda região
Ele é quem cuidava
Da saúde da população
Em 1933 a vila passa
A ser distrito
E Barra do Choça da um passo importante
Dando seu primeiro grito,
É bom lembrar nesse verso
Que criamos muito gado nessa terra
Depois chegou o café
Pintando de verde esse chão
Marcando o estado da Bahia
Com força e disposição
Em 1950 o distrito
Recebe sua primeira escola
Fato importantíssimo
Para toda a sociedade que decola
Escola Leonídio Oliveira
Trazia grande esperança
Para a geração primeira
A nossa primeira professora
Foi dona Celina Assis
Formando cidadãos
Com quadro negro e um giz
No comércio também teve
Quem acreditou primeiro
João Aleixo, Dário Alves e
O senhor Pedro Botelho
Faziam girar a renda
Trazendo pequenas encomendas
Enfrentando dificuldades
Para abastecer nossa terra
Cortando chão e serra
Iam comprar n’outra cidade
Barra do Choça também teve
Uma colônia agrícola
No ano 52 fator muito importante
Essa terra acolheu seus primeiro imigrantes
Eram Holandeses e Italianos
Que por aqui desembarcaram,
Os Holandeses pouco ficaram
Mas os Italianos estão até hoje nessa unidade
Dando fundamental suporte
Para construção dessa comunidade
Em 1962 nos tornamos cidade
E com muita luta e trabalho
Colhemos felicidade
Quero terminar aqui
Com muita alegria
Abraçando a minha terra
Em forma de poesia
E dando meus parabéns
A esse povo lutador
Que constrói esse chão
Com trabalho, suor e AMOR. ________________________________________ Barra do Choça
Barra do Choça Uma cidade histórica Que viveu várias lutas E principalmente com a história Do Sertão da Ressaca. Barra do Choça, cidade de grande população Mas só no ano de 1962, do dia 22 de junho Tornou-se independente. É considerada como a Certidão de Nascimento de Barra do Choça a Lei de nº 1.694 do dia 22 de junho de 1962. Barra do Choça e o sertão da Ressaca eram povoados por tribos indígenas, Com as nações Ymboré, Camakã e Pataxó. Em épocas atrás, no ano de 1815, O transporte era feito nos lombos dos animais. E assim começou a história de Barra do Choça... E sua história , como sempre tão grande, Não dá pra expressar Somente em palavras... Gisela Araújo Moreira, 5º ano vesp. Barra do Choça e seus momentos
Barra do Choça Onde nasci e cresci Conquistando o mundo. É no coração de Barra do choça Onde fui feliz. E também triste, Onde chorei e gritei. Nos momentos felizes Alegres e de desespero. Barra do choça te amo. Barra do Choça maravilhosa! Larissa, 5º B vesp.
Nasci na capital paulista no ano de 1974. Cresci em uma casa em frente a uma grande praça. Lá eu corri muito, empinei pipas, subi em árvores e aprendi a andar de bicicleta. O tempo passou... Quando eu tinha 21 anos comecei a estudar dramaturgia e fiquei encantado com o jeitão de contar histórias por meio de ações e diálogos. Escrevi peças, algumas delas foram encenadas. Depois conheci e me encantei com os poetas populares. Tornei-me contador de histórias, educador e escritor de livros infantojuvenis. Alguns dos meus livros foram premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ. Hoje em dia, eu escrevo matérias e artigos para jornais e revistas, como também participo de gravações de programas de televisão e rádio sobre leitura, literatura, poesia e cultura popular. Além de ler bastante e pesquisar os temas para os próximos livros, eu adoro comer pipoca, respirar ar puro, caminhar e beber água de coco.
Sou casado com a Renata e pai da Clara, uma linda menina. E é por ela, e por todos vocês, meus leitores, que eu luto diariamente por um mundo com mais amor e respeito ao planeta e a todos os seres. Mando um abraço cheio de paz e alegrias, César Obeid
O escritor e educador César Obeid também escreve versos em cordel.
Então vamos conhecer um pouco da literatura de cordel?
Ninguém melhor que ele, Obeid o contador de histórias, para definir esse conceito...
O cordel é diferente
Do repente improvisado
O cordel é sempre escrito
Em folheto e declamado
O repente é improviso
Sem ter nada decorado.
Mas o nome do “cordel”
Provém lá de Portugal
Os cordéis ali ficavam
Pendurados num varal
No Brasil é diferente
“Folheto” é o nome usual.
O cordel foi no passado
O jornal do sertanejo
Sem TV nem internet
Num pequeno vilarejo
Esperavam o poeta
Com a rima e com gracejo.
Hoje é muito diferente
De alguns anos atrás
Porque hoje está presente
Nas maiores capitais
Todo o mundo já conhece
Suas rimas naturais.
Quem escreve o cordel
É chamado cordelista
E quem canta improvisado
É chamado repentista
Seja escrito ou de improviso
Rimas são a sua pista.
Estrofes retiradas do livro "Vida Rima com Cordel".
Apresento o meu cordel Carregado de lembranças Nesse tema importante Minhas rimas dão andanças Vou rimar o que é possível No teatro pra crianças.
O teatro pra crianças É suave e inteligente Apresenta um novo mundo De uma forma diferente Respeitando sempre o tempo Da criança inocente.
A criança no teatro Aprimora seu ouvido Sua vida é mais alegre E tem muito mais sentido Fica adulto bem mais tarde Seu caminho é colorido.
Pontos de vistas distintos Com respeito sem parar Despertar, esclarecer Ensinar, também formar No teatro é apresentado A arte de representar.
Quem consome arte hoje No futuro, é cidadão Fábulas, mitos e poemas Tudo da imaginação Não existem as fronteiras Pra quem vê com o coração.
Pra fazer o bom teatro Tem que ter muita verdade Todo mundo crê no jogo Se houver sinceridade E outras grandes virtudes Clareza e simplicidade.
Para adultos ou crianças? Não dá para comparar O que vale é a intenção Da boa história contar E a platéia de crianças Com amor já encantar.
Mas tem uma diferença - É o riso da criança - A platéia encantada Todo mundo em festança Celebrando a nossa vida Muita música, muita dança.
O teatro pra crianças Fala a língua universal Comunicação direta Para todo pessoal Um ator entrou em cena A magia é geral.
O adulto sempre escolhe O que ele quer assistir Compra o ingresso e assiste Pra chorar ou pra sorrir A criança está aberta Para o novo que vai vir.
Nas platéias das crianças O ator se realiza Alegria de fazer O que a criança mais precisa A magia entra em cena Quando no palco ele pisa.
O real vira o lúdico E o lúdico, o real. No teatro pra crianças A vida é sensacional A magia está presente E o palco é genial.
O teatro pra crianças Muito encantamento gera Pra mostrar seus sentimentos A criança não espera Quando gosta ela sorri Se não gosta é sincera.
Porque as crianças são Esperança do futuro A criança é o ser humano Em seu estado mais puro E o brilho dos seus olhos Só nos livra do apuro.
As crianças nos recebem Sem impor quaisquer barreiras Mas às vezes questionam O por quê das brincadeiras Entre afetos e revoltas Suas frases são certeiras.
E o risco do teatro Pra criança dá prazer A criança sempre diz O que ela quer dizer E nos dá mais otimismo Pra muito mais fazer.
No teatro pra crianças A morte é um renascimento Com cenários, luz e música Todo tipo de ornamento Pra fazer esse teatro Tem que ter muito talento.
Seja então um grande mímico Que ocupa todo espaço Seja então um malabarista Seja um clown ou um palhaço Pouco importa qual o nome O que vale é seu abraço.
Quando acaba o espetáculo A lembrança inicia Que agora eu vou embora Com amor e alegria Deixo as rimas ao teatro Que o teatro eu idolatro Adeus, até outro dia. Este cordel foi escrito especialmente para o evento de comemoração do Dia Mundial do Teatro para Infância e Juventude, dia 20 de março, no ano de 2007, em São Paulo. Este evento foi organizado pelo Centro de Referência do Teatro para Infância de São Paulo.
Chapeuzinho Vermelho em cordel
Bem vindos, ó minha gente
Uma história eu vou contar
Da Chapeuzinho Vermelho
Que os doces foi levar
Preste muita atenção
Para não se assustar.
Uns docinhos bem gostosos
A mamãe lhe preparou
Colocando na cestinha
A mamãe lhe avisou
Mas não vá pela floresta
Mas ela não escutou.
Pela floresta ela foi
E encontrou o lobo então
E o lobo disfarçou
Que era um anjo guardião
Atrasando a menina
Se mostrou espertalhão.
A menina atrasada
Na casa da vó chegou
Na porta ela bateu
Mas ninguém de lá falou
Chapeuzinho preocupada
Na casa então entrou.
Quando a vó ela viu
Foi difícil de entender
Nossa vó que olhos grandes
É para melhor te ver
E essa boca enorme
É a que vai te comer.
E o lobo a boca abriu
Para menina engolir
E um salto ele deu
Para ela não fugir
Foi quando o lobo disse
Não adianta você ir.
Para sorte da menina
Aparece um caçador
Corajoso ele disse
Vou acabar sua dor
Chapeuzinho alegremente
Sorriu como uma flor.
O valente caçador
Com a faca empunhada
Abriu a barriga dele
Tirou a vovó amada
Que saiu de lá sorrindo
E todinha amassada.
E assim aqui termina
Um conto com alegria
Do lobo que se deu mal
Com tanta estripulia
Um abraço pra vocês
Adeus até outro dia.
Autoras:
Regina Nardi
Maria Angélica Zanata
Angela Nascimento
Cássia Tedde
Cláudia Galvão
Lu Mani Em: Oficina ministrada por César Obeid. set/05
A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro.
Procurou-se durante o projeto "Todo dia é dia de índio", mostrar aos alunos que a figura do índio não é mais aquela do período do descobrimento. Um índio alheio à universidade, à tecnologia e à vida contemporânea.
"Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste".
Antropóloga Majoí Gongora
O projeto culminou-se em festa!
Peço desculpas pela qualidade das fotos, mas a intenção vale mais...