domingo, 27 de maio de 2012

A Natureza

A natureza não espera


A natureza não espera
temos que fazer alguma coisa
para evitar o problema.

Poluição, desperdício
não podemos fazer isso,
a natureza não espera.

A natureza é muito importante!
Não podemos poluir, 
nem desperdiçar.
Devemos cuidar da natureza.
A natureza pede socorro!

Gisela de Araújo Moreira 5º ano B vespertino


O Pomar

É bonito...
Cheio de flores
Cheirosas.
Com cheiro de terra 
Molhada.

Um lugar lindo
de se viver...

É o pomar
Com sua grama
verdinha.

Camila, 5º ano vesp.

A natureza

Sol, água, terra e cor
Do brilho e cheio de amor.
Quero passear pelos cantos da floresta.
E também quero ir onde acontece uma festa.

A luz do dia os pássaros em canto
E vários animais também no pântano.
  Eu passeio pelo jardim lindo
E todos alegres e os pássaros sorrindo.

Com um toque de brilho
E várias pessoas com o seus filhos
Todos alegres ao canto dos passarinhos
E com vários tipos de espinhos.

Gleiciele, 5º B vesp.

A natureza

A natureza é de todos nós.
Qualquer planta ou bicho.
As flores lindas que perfumam a natureza.

Uma flor apaixona qualquer pessoa
Que convive com a natureza nesse ambiente.

Diélica Santos, 5 º B vesp.




A Beleza das flores

As flores



As flores coloridas
com cheiros doces
com lindos encantos...

Flores lindas
e perfumadas
cheia de cores:
rosa,
amarela,
vermelha e 
azul.

Encantadoras,
as flores sempre lindas e perfumadas.


Borboletas

Borboletas coloridas,
Borboletas que voam
Mais altas que outras.

Sempre voando nos ares,
E fazendo a gente olhar pra elas.

Borboletas são muito legais!
Mesmo sendo pequenas ou grandes.



Gisela Araújo Moreira, 5º ano B vespertino, Escola Municipal Maria da Glória_ Barra do Choça, BA.




sexta-feira, 25 de maio de 2012

Barra do Choça em cordel

Barrachocenses redescobrem o seu município em versos de cordel


Barra do choça, cordel

História Antes da Emancipação
Euzébio Oliveira – 27/01/2012


Barra do choça! Minha Barra
Terra do meu coração!
Sempre dito que tu é
Um lindo pedaço de chão
Tua praça me encanta
Entre sonhos e fantasias
Onde ando nas tuas ruas
Eu encontro alegria
Por isso vou te homenagear
Em versos de poesias

Para todos os leitores
Vou falar da tua história
De um povo forte e guerreiro
De um tempo coberto de glória
Comemorar teu cinquentenário
Lembrar esse aniversário
Traçado pela vitória
Cantando em versos de cordel
Registrando nesse papel
E marcado na memória

A tua história principia
No meio do sertão da ressaca
Numa época em que havia
Um povo valente de raça
Tribos de índios guerreiros
Nações sedentas de fé
Eram várias as etnias
Pataxó, Kamakan e Imboré
Quase todos dizimados
Em nome de outra fé

João Gonçalves da Costa
Desbravou essa região
Sem apresentar proposta
Marcou esse pedaço de chão
Portanto foi ele o primeiro
E não seu Pedro Botelho
Que nessa terra pisou
Estamos afirmando um fato
Registrado e pesquisado
Por quem nossa história estudou

Também nunca recebemos
A denominação de Tanque Velho
Pois pelo que sabemos
Nessa fonte em que bebemos
Água nunca nos faltou
Por isso o tropeirismo
Por aqui também passou
Caminhada mitológica
Que até hoje é lembrada
Na cavalgada ecológica

Os tropeiros pernoitavam
Em fixações chamadas ranchos
Onde ali passavam o tempo
Numa noite de descanso
Para no dia seguinte
Seguir o seu caminho
Abastecendo a região
Com carne, pão e vinho
E pra completar sua missão
Tinha também arroz, farinha e feijão

Nosso chão já pertenceu
As terras de Minas de Gerais
Em um tempo que aconteceu
Divisões proporcionais,
Em 1870 começa a divisão
Com a família Oliveira Freitas
É dividido esse chão
E fazenda Barra do Choça
Começa ter agora
O que seria uma ocupação

O primeiro morador
Que na vila chegou
Foi João Cardoso de Sá,
O primeiro farmacêutico
O Sr. Jesulino de Oliveira
Veio aqui se instalar
E como não havia médico
Em toda região
Ele é quem cuidava
Da saúde da população



Em 1933 a vila passa
A ser distrito
E Barra do Choça da um passo importante
Dando seu primeiro grito,
É bom lembrar nesse verso
Que criamos muito gado nessa terra
Depois chegou o café
Pintando de verde esse chão
Marcando o estado da Bahia
Com força e disposição

Em 1950 o distrito
Recebe sua primeira escola
Fato importantíssimo
Para toda a sociedade que decola
Escola Leonídio Oliveira
Trazia grande esperança
Para a geração primeira
A nossa primeira professora
Foi dona Celina Assis
Formando cidadãos
Com quadro negro e um giz

No comércio também teve
Quem acreditou primeiro
João Aleixo, Dário Alves e
O senhor Pedro Botelho
Faziam girar a renda
Trazendo pequenas encomendas
Enfrentando dificuldades
Para abastecer nossa terra
Cortando chão e serra
Iam comprar n’outra cidade

Barra do Choça também teve
Uma colônia agrícola
No ano 52 fator muito importante
Essa terra acolheu seus primeiro imigrantes
Eram Holandeses e Italianos
Que por aqui desembarcaram,
Os Holandeses pouco ficaram
Mas os Italianos estão até hoje nessa unidade
Dando fundamental suporte
Para construção dessa comunidade

Em 1962 nos tornamos cidade
E com muita luta e trabalho
Colhemos felicidade
Quero terminar aqui
Com muita alegria
Abraçando a minha terra
Em forma de poesia
E dando meus parabéns
A esse povo lutador
Que constrói esse chão
Com trabalho, suor e AMOR.


________________________________________

Barra do Choça



Barra do Choça
Uma cidade histórica
Que viveu várias lutas
E principalmente com a história 
Do Sertão da Ressaca.

Barra do Choça,
 cidade de grande população
Mas só no ano de 1962, do dia 22 de junho
Tornou-se independente.

É considerada como a Certidão de Nascimento
de Barra do Choça
a Lei de nº 1.694 do dia 22 de junho de 1962.

Barra do Choça e o sertão da Ressaca eram povoados
por tribos indígenas,
Com as nações Ymboré, Camakã e Pataxó.

Em épocas atrás, no ano de 1815,
O transporte era feito nos lombos dos animais.

E assim começou a história  de Barra do Choça...

E sua história , como sempre tão grande,
Não dá pra expressar
Somente em palavras...

Gisela Araújo Moreira, 5º ano vesp.

Barra do Choça e seus momentos


Barra do Choça 
Onde nasci e cresci
Conquistando o mundo.

É no coração de Barra do choça
Onde fui feliz.

E também triste,
Onde chorei e gritei.

Nos momentos felizes
Alegres e de desespero.
Barra do choça te amo.
Barra do Choça maravilhosa!

Larissa, 5º B vesp.



22/06/2012 _ Cinquentenário de Barra do Choça

Gif sapinho

O Barbante e a Rima

As histórias podem ter rimas?
diversão e improviso?
Se pensou em dizer não...
Mude logo de opinião!


Quem é César Obeid? 

Nasci na capital paulista no ano de 1974. Cresci em uma casa em frente a uma grande praça. Lá eu corri muito, empinei pipas, subi em árvores e aprendi a andar de bicicleta. O tempo passou... Quando eu tinha 21 anos comecei a estudar dramaturgia e fiquei encantado com o jeitão de contar histórias por meio de ações e diálogos. Escrevi peças, algumas delas foram encenadas. Depois conheci e me encantei com os poetas populares. Tornei-me contador de histórias, educador e escritor de livros infantojuvenis. Alguns dos meus livros foram premiados pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – FNLIJ. Hoje em dia, eu escrevo matérias e artigos para jornais e revistas, como também participo de gravações de programas de televisão e rádio sobre leitura, literatura, poesia e cultura popular. Além de ler bastante e pesquisar os temas para os próximos livros, eu adoro comer pipoca, respirar ar puro, caminhar e beber água de coco. 
Sou casado com a Renata e pai da Clara, uma linda menina. E é por ela, e por todos vocês, meus leitores, que eu luto diariamente por um mundo com mais amor e respeito ao planeta e a todos os seres. 
Mando um abraço cheio de paz e alegrias, 
César Obeid

O escritor e educador César Obeid também escreve versos em cordel.
Então vamos conhecer um pouco da literatura de cordel?
Ninguém melhor que ele, Obeid o contador de histórias, para definir esse conceito...




O cordel é diferente

Do repente improvisado

O cordel é sempre escrito
Em folheto e declamado
O repente é improviso
Sem ter nada decorado. 



Mas o nome do “cordel”

Provém lá de Portugal

Os cordéis ali ficavam
Pendurados num varal
No Brasil é diferente 
“Folheto” é o nome usual. 



O cordel foi no passado

O jornal do sertanejo

Sem TV nem internet
Num pequeno vilarejo
Esperavam o poeta
Com a rima e com gracejo. 



Hoje é muito diferente

De alguns anos atrás

Porque hoje está presente
Nas maiores capitais
Todo o mundo já conhece
Suas rimas naturais. 



Quem escreve o cordel

É chamado cordelista

E quem canta improvisado
É chamado repentista
Seja escrito ou de improviso
Rimas são a sua pista. 



Estrofes retiradas do livro "Vida Rima com Cordel". 













Cordel do Teatro para Crianças



Apresento o meu cordel 
Carregado de lembranças 
Nesse tema importante 
Minhas rimas dão andanças 
Vou rimar o que é possível 
No teatro pra crianças. 

O teatro pra crianças 
É suave e inteligente 
Apresenta um novo mundo 
De uma forma diferente 
Respeitando sempre o tempo 
Da criança inocente. 

A criança no teatro 
Aprimora seu ouvido 
Sua vida é mais alegre 
E tem muito mais sentido 
Fica adulto bem mais tarde 
Seu caminho é colorido. 

Pontos de vistas distintos 
Com respeito sem parar 
Despertar, esclarecer 
Ensinar, também formar 
No teatro é apresentado 
A arte de representar. 

Quem consome arte hoje 
No futuro, é cidadão 
Fábulas, mitos e poemas 
Tudo da imaginação 
Não existem as fronteiras 
Pra quem vê com o coração.

Pra fazer o bom teatro 
Tem que ter muita verdade
Todo mundo crê no jogo 
Se houver sinceridade 
E outras grandes virtudes 
Clareza e simplicidade. 

Para adultos ou crianças? 
Não dá para comparar 
O que vale é a intenção 
Da boa história contar 
E a platéia de crianças 
Com amor já encantar. 

Mas tem uma diferença
- É o riso da criança - 
A platéia encantada 
Todo mundo em festança 
Celebrando a nossa vida 
Muita música, muita dança. 

O teatro pra crianças 
Fala a língua universal
Comunicação direta 
Para todo pessoal 
Um ator entrou em cena 
A magia é geral. 

O adulto sempre escolhe
O que ele quer assistir
Compra o ingresso e assiste
Pra chorar ou pra sorrir 
A criança está aberta 
Para o novo que vai vir. 

Nas platéias das crianças 
O ator se realiza
Alegria de fazer 
O que a criança mais precisa
A magia entra em cena 
Quando no palco ele pisa. 

O real vira o lúdico 
E o lúdico, o real. 
No teatro pra crianças 
A vida é sensacional 
A magia está presente 
E o palco é genial. 

O teatro pra crianças 
Muito encantamento gera 
Pra mostrar seus sentimentos 
A criança não espera 
Quando gosta ela sorri 
Se não gosta é sincera. 

Porque as crianças são 
Esperança do futuro 
A criança é o ser humano 
Em seu estado mais puro
E o brilho dos seus olhos 
Só nos livra do apuro. 

As crianças nos recebem 
Sem impor quaisquer barreiras
Mas às vezes questionam 
O por quê das brincadeiras 
Entre afetos e revoltas 
Suas frases são certeiras. 

E o risco do teatro 
Pra criança dá prazer 
A criança sempre diz 
O que ela quer dizer 
E nos dá mais otimismo 
Pra muito mais fazer. 

No teatro pra crianças 
A morte é um renascimento 
Com cenários, luz e música 
Todo tipo de ornamento 
Pra fazer esse teatro 
Tem que ter muito talento. 

Seja então um grande mímico 
Que ocupa todo espaço 
Seja então um malabarista 
Seja um clown ou um palhaço 
Pouco importa qual o nome 
O que vale é seu abraço. 

Quando acaba o espetáculo 
A lembrança inicia 
Que agora eu vou embora 
Com amor e alegria 
Deixo as rimas ao teatro 
Que o teatro eu idolatro
Adeus, até outro dia.

Este cordel foi escrito especialmente para o evento de comemoração do Dia Mundial do Teatro para Infância e Juventude, dia 20 de março, no ano de 2007, em São Paulo. Este evento foi organizado pelo Centro de Referência do Teatro para Infância de São Paulo.

Chapeuzinho Vermelho em cordel




Bem vindos, ó minha gente
Uma história eu vou contar
Da Chapeuzinho Vermelho
Que os doces foi levar
Preste muita atenção
Para não se assustar.

Uns docinhos bem gostosos
A mamãe lhe preparou
Colocando na cestinha
A mamãe lhe avisou
Mas não vá pela floresta
Mas ela não escutou.

Pela floresta ela foi
E encontrou o lobo então
E o lobo disfarçou
Que era um anjo guardião
Atrasando a menina
Se mostrou espertalhão.

A menina atrasada
Na casa da vó chegou
Na porta ela bateu
Mas ninguém de lá falou
Chapeuzinho preocupada
Na casa então entrou.

Quando a vó ela viu
Foi difícil de entender
Nossa vó que olhos grandes
É para melhor te ver
E essa boca enorme
É a que vai te comer.

E o lobo a boca abriu
Para menina engolir
E um salto ele deu
Para ela não fugir
Foi quando o lobo disse
Não adianta você ir.

Para sorte da menina
Aparece um caçador
Corajoso ele disse
Vou acabar sua dor
Chapeuzinho alegremente
Sorriu como uma flor.

O valente caçador
Com a faca empunhada
Abriu a barriga dele
Tirou a vovó amada
Que saiu de lá sorrindo
E todinha amassada.

E assim aqui termina
Um conto com alegria
Do lobo que se deu mal
Com tanta estripulia
Um abraço pra vocês
Adeus até outro dia.


Autoras:
Regina Nardi
Maria Angélica Zanata
Angela Nascimento
Cássia Tedde
Cláudia Galvão 
Lu Mani
     Em: Oficina ministrada por César Obeid.  set/05








sexta-feira, 11 de maio de 2012

Os sapos

Os Sapos


Enfunanado os papos,
saem da penumbra,
aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
_ "Meu pai foi à guerra!"
_ "Não foi!" _ "Foi!" _"Não foi!"

O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguçado,
Diz: _"Meu cancioneiro
É bem martelado.

Vede como primo
Em comer os hiatos!
Quer arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.

O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.

Vai por cinqüenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A forma a forma.

Clame a saparia
Em críticas céticas:
"Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas..."

Urra o sapo-boi:
_ "Meu pai foi rei" _"Foi!"
_ "Não foi!" _ "Foi!" _ "Não foi!"

Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
_"A grande arte é como
Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo."

Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe)
Falam pelas tripas:
_ "Sei!" _ "Não sabe!" _ "Sabe!"
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;

Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é

Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio...
                                                                                       Manuel Bandeira

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Todo dia é dia de índio...

Civilização


O que tem mais cabimento,
deslizar na canoa
pelo rio barulhento,
Ou ficar preso
num apartamento





O que é menos boboca
morar numa oca 
comendo paçoca,
Ou viver rabugento num apartamento?




Qual a melhor cena
crescer numa aldeia
enfeitado de penas,
Ou numa cidade cheia de antenas?


O que é mais  civilizado
deitar numa rede 
e ficar sossegado
Ou correr contra 
o tempo sempre apressado?


O que é mais coerente
viver no presente
sempre contente,
Ou viver no escuro planejando o futuro?


O que é menos primata
andar pelado no meio da mata,
Ou se apertar 
com um nó de gravata?


O que dá mais arrepio
tomar banho no rio
mesmo no frio,
Ou a assombração chamada poluição?




O que é mais descolado
um cocar emplumado
e o corpo pintado,
Ou ser um cara pálida 
com ar desbotado?


O que é mais sensato
correr pelo mato 
sem usar sapato
Ou ter chulé e criar calo no pé?


Responda agora pra valer
melhor parece com os alienígenas
Ou aprender
 com os indígenas?!


Claudio Fragata



A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. 
Procurou-se durante o projeto "Todo dia  é dia de índio", mostrar aos alunos que a figura do índio não é mais aquela do período do descobrimento. Um índio alheio à universidade, à tecnologia e à vida contemporânea. 


"Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste". 
Antropóloga Majoí Gongora

O projeto culminou-se em festa!

Peço desculpas pela qualidade das fotos, mas a intenção vale mais...